O Japão se posicionou em 29º no ranking de competitividade digital em comparação às 63 economias ao redor do mundo. O país se encontra em dificuldades devido à falta de profissionais habilitados na área, de acordo com o instituto suíço.
Em síntese, o Japão apresenta uma dificuldade em atualizar e modernizar sistemas de setores públicos e privados. Para ilustrar bem o problema temos o que foi chamado de “derrota digital”, momento vivenciado na pandemia, em que o país adotou soluções analógicas, com a utilização de aparelhos de fax para a coleta de dados sobre o COVID, acarretando em falhas processuais.
Para agravar o problema, a concentração de profissionais de TI no país está nas próprias empresas de TI, o que significa que empresas particulares de outros ramos ou empresas públicas não contam com a abundância destes profissionais. Esse quadro é reflexo de questões salariais que não são baseadas em habilidades e qualificações.
Algumas exceções existem, e algumas empresas estão investindo em treinamento e aumentando a remuneração de profissionais da área, mas mesmo assim a previsão é de que haverá no país um déficit desses profissionais em 2030, de acordo com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
A pesquisa englobou 54 fatores que têm como foco o conhecimento, tecnologia e predisposição para a competitividade digital.
Alguns dos desafios que o Japão enfrenta são o rápido envelhecimento da população e o novo modelo político, descrito como “novo capitalismo”, sustentado pelo primeiro-ministro Fumio Kishida, que defende a distribuição de riqueza e expansão da classe média, segundo o relatório publicado pelo instituto suiço.